Lucinha gostava muito de brincar na floresta. Seu
passatempo favorito era correr atrás dos animaizinhos. Embora ela amasse todos
eles e procurasse não fazer distinção, havia dois coelhinhos travessos que
acabavam sempre ganhando mais carinho.
Certo dia, tentando
provar que corria mais do que os seus dois amiguinhos, Lucinha acabou se
distraindo e, de tanto dar voltas seguindo os coelhinhos, acabou entrando numa
parte desconhecida da floresta.
De repente, Lucinha
parou. Assustada, olhou para seus amiguinhos e perguntou: “Vocês sabem onde
estamos?!... Precisamos voltar.” Mas os coelhinhos pareciam não compreender o
que Lucinha dizia. Eles só desejavam continuar brincando.
Para Lucinha,
entretanto, a brincadeira havia terminado. E os coelhinhos se entristeceram
quando a menina começou a chorar. Mas o choro e a tristeza cessaram quando eles
ouviram uma voz cantarolar: “Quem está triste, cansado e sozinho... Quem se
perdeu na floresta e não sabe voltar... Pode entrar; aqui dentro é quentinho...
Você encontrará o caminho quando o dia clarear.”
Já estava
anoitecendo, e Lucinha e os coelhinhos se deixaram guiar pela voz que entoava a
canção. Alegraram-se ao avistar uma casinha e, em seu interior, havia três
camas quentinhas. E, ao lado de cada caminha, havia uma mesinha, com um copo de
água, um copo de leite e um pedaço de torta sobre uma bandeja em formato de
coração. Lucinha exclamou: “Eu devo estar sonhando!”
Sonho ou realidade,
os três estavam famintos; e logo, sobre as bandejas, restaram apenas os copos
vazios. As caminhas pareciam tão convidativas, e eles estavam cansados demais
para se preocupar se pertenciam a alguém. E a mesma voz que os guiara até a casinha
entoou uma canção de ninar: “Durma logo, menininha, que o seu sono estou a
velar. Durma logo, menininha, que ficarei aqui até o dia clarear.”
Na manhã seguinte,
quando Lucinha e os coelhinhos acordaram, a menina levantou, olhou ao redor, e
perguntou: “Onde está a casinha?... Onde estão as caminhas?!... Onde estão as
bandejas?!... Onde estão as mesinhas?!... Até os copos desapareceram!...”
As perguntas se
calaram quando Lucinha ouviu a voz de seu pai, chamando o seu nome. Ela sorriu
e foi saltando, imitando seus amiguinhos, até encontrá-lo.
PERCA-SE EM SUA
IMAGINAÇÃO
Aqui estou eu,
Caetano Augusto Petrarca dos Anjos, para conduzi-lo em uma viagem, na qual você
se perde. Imagine um lugar onde você possa se perder. Por mais esperto que você
seja, existe sempre um lugar desconhecido e misterioso que poderia atraí-lo irresistivelmente.
Você caminha, caminha, caminha, e continua caminhando nesse gigantesco
labirinto recém-descoberto em sua imaginação. Você dá voltas e mais voltas até
que, inesperadamente, encontra a saída.
Você deve ter
imaginado que esse seria o final da aventura, mas enganou-se porque é apenas o
início. A abertura na rocha não o levou de volta ao seu mundo conhecido... Os
seus olhos se decepcionam ao contemplar uma região estranha e deserta. Está
anoitecendo, e você precisa encontrar um lugar para se abrigar.
Eu pude conduzi-lo
apenas até aqui... Confie em sua imaginação e permita que ela lhe mostre
caminhos e paisagens que você nunca pensou que pudessem existir. Não se apresse
em voltar. Desfrute dos prazeres dessa aventura inesperada. Você é o artista e
usa o seu pincel mágico para criar tudo, absolutamente tudo o que você desejar
experienciar.
Já está de volta?!...
Gostou do passeio?!... Agora precisamos retornar à história “A Casinha no
Interior da Floresta”. Desenhe uma casinha numa folha de papel. Você não sabe
desenhar?!... Muito menos eu!... Não serei eu quem irá julgar a sua falta de
habilidade. Pare de reclamar, e termine logo o desenho.
Quando a casinha
estiver pronta, desenhe árvores ao redor dela. Essas árvores são mágicas e
deram vida à casinha: as janelas transformaram-se em olhos; e, no lugar da
porta, surgiu uma boca enorme. Aproveite a oportunidade: faça três perguntas à
casa sobre a história. Você não sabe o que perguntar!... Que cabecinha vazia!...
Que falta de criatividade!...
* A primeira pergunta
poderia ser: Você é real ou existiu apenas na imaginação de Lucinha?!...
* Segunda pergunta:
Real ou imaginária, você poderia cantar para eu ouvir?!...
* Terceira pergunta:
Você já protegeu outras crianças que se perderam no interior da floresta?!...
Você já fez as
perguntas?!... A casinha respondeu?!... Ainda não?!... Então, dê um tempo a ela
e à sua imaginação para formularem as respostas.
Sisi Marques
Nenhum comentário:
Postar um comentário