sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

A CASINHA NO INTERIOR DA FLORESTA


A CASINHA NO INTERIOR DA FLORESTA



Lucinha gostava muito de brincar na floresta. Seu passatempo favorito era correr atrás dos animaizinhos. Embora ela amasse todos eles e procurasse não fazer distinção, havia dois coelhinhos travessos que acabavam sempre ganhando mais carinho.

Certo dia, tentando provar que corria mais do que os seus dois amiguinhos, Lucinha acabou se distraindo e, de tanto dar voltas seguindo os coelhinhos, acabou entrando numa parte desconhecida da floresta.

De repente, Lucinha parou. Assustada, olhou para seus amiguinhos e perguntou: “Vocês sabem onde estamos?!... Precisamos voltar.” Mas os coelhinhos pareciam não compreender o que Lucinha dizia. Eles só desejavam continuar brincando.

Para Lucinha, entretanto, a brincadeira havia terminado. E os coelhinhos se entristeceram quando a menina começou a chorar. Mas o choro e a tristeza cessaram quando eles ouviram uma voz cantarolar: “Quem está triste, cansado e sozinho... Quem se perdeu na floresta e não sabe voltar... Pode entrar; aqui dentro é quentinho... Você encontrará o caminho quando o dia clarear.”

Já estava anoitecendo, e Lucinha e os coelhinhos se deixaram guiar pela voz que entoava a canção. Alegraram-se ao avistar uma casinha e, em seu interior, havia três camas quentinhas. E, ao lado de cada caminha, havia uma mesinha, com um copo de água, um copo de leite e um pedaço de torta sobre uma bandeja em formato de coração. Lucinha exclamou: “Eu devo estar sonhando!”

Sonho ou realidade, os três estavam famintos; e logo, sobre as bandejas, restaram apenas os copos vazios. As caminhas pareciam tão convidativas, e eles estavam cansados demais para se preocupar se pertenciam a alguém. E a mesma voz que os guiara até a casinha entoou uma canção de ninar: “Durma logo, menininha, que o seu sono estou a velar. Durma logo, menininha, que ficarei aqui até o dia clarear.”

Na manhã seguinte, quando Lucinha e os coelhinhos acordaram, a menina levantou, olhou ao redor, e perguntou: “Onde está a casinha?... Onde estão as caminhas?!... Onde estão as bandejas?!... Onde estão as mesinhas?!... Até os copos desapareceram!...”

As perguntas se calaram quando Lucinha ouviu a voz de seu pai, chamando o seu nome. Ela sorriu e foi saltando, imitando seus amiguinhos, até encontrá-lo.

Sisi Marques





PERCA-SE EM SUA IMAGINAÇÃO

Aqui estou eu, Caetano Augusto Petrarca dos Anjos, para conduzi-lo em uma viagem, na qual você se perde. Imagine um lugar onde você possa se perder. Por mais esperto que você seja, existe sempre um lugar desconhecido e misterioso que poderia atraí-lo irresistivelmente. Você caminha, caminha, caminha, e continua caminhando nesse gigantesco labirinto recém-descoberto em sua imaginação. Você dá voltas e mais voltas até que, inesperadamente, encontra a saída.

Você deve ter imaginado que esse seria o final da aventura, mas enganou-se porque é apenas o início. A abertura na rocha não o levou de volta ao seu mundo conhecido... Os seus olhos se decepcionam ao contemplar uma região estranha e deserta. Está anoitecendo, e você precisa encontrar um lugar para se abrigar.

Eu pude conduzi-lo apenas até aqui... Confie em sua imaginação e permita que ela lhe mostre caminhos e paisagens que você nunca pensou que pudessem existir. Não se apresse em voltar. Desfrute dos prazeres dessa aventura inesperada. Você é o artista e usa o seu pincel mágico para criar tudo, absolutamente tudo o que você desejar experienciar.

Já está de volta?!... Gostou do passeio?!... Agora precisamos retornar à história “A Casinha no Interior da Floresta”. Desenhe uma casinha numa folha de papel. Você não sabe desenhar?!... Muito menos eu!... Não serei eu quem irá julgar a sua falta de habilidade. Pare de reclamar, e termine logo o desenho.

Quando a casinha estiver pronta, desenhe árvores ao redor dela. Essas árvores são mágicas e deram vida à casinha: as janelas transformaram-se em olhos; e, no lugar da porta, surgiu uma boca enorme. Aproveite a oportunidade: faça três perguntas à casa sobre a história. Você não sabe o que perguntar!... Que cabecinha vazia!... Que falta de criatividade!...

* A primeira pergunta poderia ser: Você é real ou existiu apenas na imaginação de Lucinha?!...

* Segunda pergunta: Real ou imaginária, você poderia cantar para eu ouvir?!...

* Terceira pergunta: Você já protegeu outras crianças que se perderam no interior da floresta?!...

Você já fez as perguntas?!... A casinha respondeu?!... Ainda não?!... Então, dê um tempo a ela e à sua imaginação para formularem as respostas.


Sisi Marques


Nenhum comentário:

Postar um comentário