segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

ANGELINO, O ANJINHO


ANGELINO, O ANJINHO


Era véspera de Natal... Os anjinhos voavam alegremente, derramando bênçãos em todos os lares. Mas Angelino, que ainda era muito pequeno, começou a sentir-se sonolento e pensou que fosse desmaiar de cansaço. Apesar disso, ele era orgulhoso e não quis dizer para os outros anjinhos que eles estavam certos quando o aconselharam a não acompanhá-los, porque ele não conseguiria completar a viagem.

Angelino começou a voar de modo desajeitado... Seus olhinhos fechavam e abriam... Mas ele não pensou, nem por um segundo, em desistir... Ele continuou voando e cochilando, voando e cochilando até que uma visão encantadora atraiu sua atenção. Uma das casas, sobre as quais eles voavam, estava toda enfeitada à espera do Natal; e, no parapeito das janelas, havia botas de feltro, prontas para receber os presentes. Elas pareciam tão macias e quentinhas, e a noite estava tão fria!...

Angelino deteve-se no ar por alguns instantes, pensando na maravilha que seria repousar aconchegado em uma delas. Vencido pelo sono e pelo cansaço, após um breve momento de indecisão, ele voou em direção a uma delicada botinha cor-de-rosa e decidiu que seria ali mesmo que ele passaria a noite.

Pouco antes do amanhecer, os outros anjinhos, que retornavam da viagem, acordaram-no sorrindo. E Angelino, já refeito do cansaço, recusava-se a abandonar a caminha improvisada. Dois anjinhos mais velhos entreolharam-se e concordaram entre si que o único modo de convencer o amiguinho a partir seria transportando-o dentro da botinha. E, assim, os dois anjinhos seguraram cada um em uma extremidade da bota, que servira de abrigo para Angelino, e partiram na companhia dos demais.

Quando Mariangela acordou e foi procurar os presentes na botinha, que deixara no parapeito da janela de seu quarto, sentiu-se profundamente decepcionada ao verificar que ela havia sido roubada. Mas alegrou-se, em seguida, quando os seus olhinhos se depararam com uma pena brilhante que fora deixada no lugar da botinha. No instante em que Mariangela segurou a pena, inexplicavelmente, ela tomou conhecimento do que acontecera durante a noite. A garotinha sorriu ao imaginar Angelino dormindo em sua botinha lá no céu.

Vocês não acreditam nesta história?! Mas deveriam acreditar, porque eu sou Mariangela. Embora, naquela noite, a minha botinha não estivesse lá para receber os presentes que o Papai Noel costumava deixar, o maior presente eu já havia recebido: a visita de um anjo.

Sisi Marques




HOJE VOCÊ ESCREVERÁ A HISTÓRIA


É com muito prazer que eu, Caetano Augusto Petrarca dos Anjos, hoje estou aqui para estimular a sua criatividade. Apanhe uma folha de papel, lápis e borracha para começar a escrever. Você dirá: “Caetano, não sei criar histórias.” Bobagem! Você verá como é fácil.

A proposta é bem simples... Você terá que ler a história “Angelino, o Anjinho” com muita atenção, para que o texto se revele como se fosse um filme. Esse é o segredo: você tem que visualizar cada cena. É como se você estivesse lá, assistindo a tudo, silenciosamente.

Depois, dispense os anjinhos porque, dessa vez, eles não participarão da história. O título será: “O Natal de Mariangela”. Não gostou do título?!... Então, invente outro, mas lembre-se: nada de anjinhos. Será véspera de Natal, e as botas de feltro estarão no parapeito das janelas. Alguém poderá roubá-las, o vento poderá carregá-las, a chuva poderá molhá-las... Mas lembre-se: Angelino não estará lá para abrigar-se em uma delas, e os anjinhos também estarão bem longe desta história.

E, por último, concentre-se... Na sua mente começam a surgir perguntas que precisam ser respondidas com clareza. Você sorri e se diverte com a brincadeira. A tela está em branco... Você é o artista e poderá pintar o quadro que mais lhe agradar...

Consegue ver a casa de Mariangela? Você está voando e consegue vê-la do alto. Depois, você desce e caminha ao redor dela... Observe os detalhes... Agora entre na casa. Espere!... Antes de entrar, você contou quantas janelas havia?... O número de janelas é igual ao número de botas de feltro?... É você quem decide. Continue prestando atenção a tudo. Não use apenas a visão; use o tato, o olfato, a audição, e pode até usar o paladar, se houver alguns biscoitinhos com leite aguardando o Papai Noel.

Onde está Mariangela? Consegue vê-la? Como ela é? O que ela está vestindo? Ela está alegre ou triste? Consegue adivinhar os seus pensamentos? Ela deixou uma botinha na janela? O que ela espera ganhar de Natal? Ela mora sozinha?...

Do mesmo modo que as perguntas chegam à sua mente, as respostas também virão.

Foi uma viagem e tanto, não foi?!... Eu acredito que você já está pronto para começar a escrever a sua história. Ainda não?!... Deixe de ser preguiçoso!... Você não deseja escrever, só quer companhia!... Ah, você já começou?!... Ótimo!... Continue escrevendo sobre o Natal de Mariangela sem a visita do anjinho Angelino.

Depois que você terminar de escrever sua história, divirta-se com o caça-palavras abaixo.




Sisi Marques



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