sexta-feira, 20 de junho de 2014

LAURINHA E O LIVRO QUE ELA NÃO APRENDEU A LER

Rui, eu não posso publicar esse poema, porque a Sisi irá se aborrecer. Ele não tem nada a ver com o que ela escreve...
Eu não sei se concordo com o que você está dizendo... Para ela, as histórias sempre têm que ter um final feliz, e Laurinha não aprendeu a ler. Está certo: se ela se zangar, excluiremos a postagem.

LAURINHA E O LIVRO QUE ELA NÃO APRENDEU A LER

As palavras criavam o cenário,
dav
am vida aos personagens,
teciam pensamentos e emoções...
Tudo estava ali, naquele emaranhado de letras,
que apenas quem sabia ler compreendia.
E Laurinha sofria, porque não conseguia
dar asas à sua imaginação.
A imaginação de quem não sabe ler não voa.
E Laurinha dizia: “Isso é mentira!...
Eu não sei ler, mas posso sonhar,
e a minha imaginação fala através de imagens...
Eu não sei ler, e a minha imaginação
não sabe escrever.
Um dia eu aprenderei a ler
e conseguirei descobrir
o que havia no livro que ganhei
e guardei de recordação.”
O livro ficou na gaveta,
e Laurinha nunca aprendeu a ler.
Certo dia, durante a mudança,
ela precisou embalar a louça,
e lembrou-se do livro.
Enquanto ela arrancava as páginas
e embalava a louça, ela pensava:

“Eu não sei ler, e a minha imaginação
não sabe escrever.”


Sisi Marques

Nenhum comentário:

Postar um comentário