Era uma vez um mundo
sobre o qual a luz não brilhava. As pessoas eram tristes e se ressentiam por
terem que viver na mais completa escuridão.
Certo dia, um homem se
vestiu com uma roupa estranha... Pintou o rosto... Colocou uma peruca
extravagante... E saiu rindo e cumprimentando a todos que encontrava em seu
caminho.
Um desconhecido
perguntou: “Ficou louco, homem?!... Volte para casa antes que o machuquem!...
Ninguém aqui está para brincadeiras!...”. E o homem fantasiado respondeu: “Você
não entende!... Não existe luz fora de nós, porque a nossa luz interior está
apagada. Eu acendi a minha com uma dose de alegria!... Beba você também dessa
bebida mágica!...”.
E o homem fantasiado
teve que se esconder para não ser capturado pelas pessoas que pensavam que ele
estivesse doente e desejavam levá-lo a um hospital.
A preocupação insana
daquelas pessoas, em vez de deprimi-lo, trazia ao seu coração ainda mais alegria...
Era mais do que isso: o coração dele estava iluminado!...
Um garoto aproximou-se
devagarinho e agachou-se ao lado dele, atrás da árvore. O homem fantasiado
surpreendeu-se quando ouviu o garoto dizer baixinho: “Eu conheço um lugar onde
você poderá se esconder. Não faça barulho... Venha comigo.”.
Sem questionar, o homem
fantasiado seguiu o garoto, e ele o conduziu até uma cachoeira. O garoto disse:
“Atrás dessa cachoeira, existe uma passagem... Eu e os meus amigos costumamos
vir aqui todos os dias... Você tem que prometer que não trairá o nosso
segredo.”.
Curioso, o homem
fantasiado perguntou: “O que existe lá de tão especial?...”. Os olhos do garoto
brilharam quando ele respondeu: “Magia. A escuridão que envolve o nosso mundo
não tem lugar nesse esconderijo onde a alegria ilumina a nossa imaginação.
Venha...”.
O homem fantasiado
exclamou: “Não!... Espere!... Não podemos ser egoístas!... Precisamos contar
aos outros sobre esse lugar mágico que você e os seus amigos descobriram!...”.
Pacientemente, o garoto disse: “Seria inútil porque eles não acreditariam. E,
pior do que isso, seria eles invadirem o nosso lugar secreto, porque a luz que
há nele não seria suficiente para iluminar a escuridão que eles carregam. Confie em mim... Venha...”.
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